Por Arão Leite
Realizado na semana passada com saída do município de Alta Floresta (800 quilômetros ao norte de Cuiabá) e tomando sentido à Meritituba e Santarém no estado do Pará (destino final de 1200 quilômetros), o primeiro Estradeiro da Integração gera repercussão e quem participou acredita que a partir de um diagnóstico apresentado do percurso a expectativa é de melhorias futuras rumo ao desenvolvimento.
Morador do norte de Mato Grosso há 36 anos, sendo 30 deles em Alta Floresta, o advogado e produtor rural Sandro Nasser Sicuto é um dos otimistas. Para ele, a partir do momento em que empresários, classe política e representantes de vários outros segmentos aceitaram a missão de sair por terra registrando vários pontos, mapeando trechos de obras futuras e mantendo contato com os líderes dos lugares que passaram já é uma grande conquista. “Foi uma oportunidade de sair da zona de conforto, ter outros olhares, conhecer outras culturas, conversar com os prefeitos, empresários e demais representantes de outras cidades”, comentou Sicuto.
Estradeiro da Integração saiu pela Rodovia MT-208 de Alta Floresta até a Balsa do Alcino no município de Carlinda, atravessando o Rio Teles Pires, entrando a Rodovia 419 e chegando à Novo Mundo. Escoar a produção pelo trecho que segue por Guarantã do Norte na BR-163 chegando primeiro até Meritituba e depois até Santarém é o principal foco. Boa parte da estrada ainda no entanto, não tem pavimentação e a conservação é péssima. “Mas já tivemos uma primeira resposta, de que a partir de abril o governo iniciar o asfalto de Carlinda até a Balsa do Alcino e depois do outro lado do rio até Novo Mundo. Isso além da ponte de 400 metros sobre o Teles Pires. Vamos torcer para que seja feita essa obra e já teremos grande avanço. Mas também tem a estrada até Meritituba que com certeza melhorando, vai mudar e muito para todos nós”, analisa.
“Mas as mudanças que dizemos não é apenas na questão de escoarmos a nossa produção. Mas também vamos receber insumos, combustível e outros produtos pela mesma rota e consequentemente com valor menor, frete mais baixo, distância mais curta e a região com novas visões futuras”, disse o produtor salientando que sua expectativa agora depois de participar do Estradeiro é esperar que as informações sejam massificadas e os estados de Mato Grosso e Pará por meio de suas lideranças políticas, entidades que representam o setor produtivo e outras categorias não deixem o assunto morrer e que essa proposta seja de fato concretizada.