No próximo dia 26 de janeiro comemora-se o Dia Mundial contra a Hanseníase. Por isso, o mês de janeiro ganhou a cor roxa para alertar e conscientizar a sociedade sobre o combate à hanseníase. A doença, cercada de preconceitos e estigma, é contagiosa, mas, tem controle e tratamento oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Janeiro Roxo é uma campanha de conscientização e combate à hanseníase, que ocorre no primeiro mês do ano. A campanha tem como objetivo informar a população sobre os sintomas e formas de prevenção da doença. A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae.
Alguns dos sintomas da hanseníase são:
- Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele
- Diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato
- Áreas com diminuição de pelos e suor
- Caroços e inchaços no corpo
- Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas nos nervos
A campanha Janeiro Roxo também tem como objetivo combater o preconceito associado à doença.
A contaminação ocorre pelo Mycobacterium leprae e, por atingir os nervos, uma das primeiras sequelas é a perda de sensibilidade da pele. Em muitos casos também há perda ou comprometimento severo dos movimentos que, em casos mais graves, pode levar à amputação.
O enfrentamento à hanseníase é um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e o diagnóstico precoce é fundamental para a redução da transmissão e do risco de desenvolvimento de incapacidades físicas. Para contribuir com o diagnóstico precoce da doença, em 2022 foram incluídos ao SUS três novos testes de apoio ao diagnóstico e um para detecção de resistência da doença. O uso começa neste ano.
O Ambulatório de Atenção Especializada Regionalizado em Hanseníase de Alta Floresta está desenvolvendo uma série de ações visando informar a população sobre a doença e os benefícios do diagnóstico precoce da hanseníase.
Hanseníase no Brasil
O Brasil tem registrado um aumento nos casos de hanseníase nos últimos tempos. Somente em 2022, foi verificado um crescimento de 7,2% no número de casos novos detectados no país entre a população em geral e de 9,9% entre meninos e meninas com menos de 15 anos, segundo dados do Ministério da Saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país com o maior número de casos no mundo, ficando atrás apenas da Índia. Em 2023, a hanseníase atingiu mais de 19 mil pessoas em todo o país, resultado 5% maior do que os casos registrados em 2022.