No último sábado, 14 de junho, o Ginásio de Esportes Geraldo Ramos “Pezão”, localizado no Complexo Esportivo Kayoko Tanaka, sediou o Festival Paralímpico Loterias Caixa. O evento contou com a participação de crianças e adolescentes com e sem deficiência, marcando a primeira etapa de uma iniciativa nacional que visa promover a inclusão social e divulgar as modalidades paralímpicas.
O Festival Paralímpico é uma realização do Comitê Paralímpico Brasileiro, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) e o Município de Alta Floresta. Voltado a jovens de 7 a 17 anos, o evento busca estimular a prática de esportes adaptados e fomentar o interesse pelo esporte paralímpico.

O secretário de Esporte e Lazer, Zamir Mendes, destacou a relevância do evento para o município: “Queremos agradecer a todos que participaram desse desafio. Ser sede de um evento tão importante significou muito para nossa comunidade. Essa parceria com a Secel e o Comitê Paralímpico reforça nosso compromisso com a inclusão. Hoje realizamos a primeira etapa e, em setembro, teremos a segunda. Se hoje já foi ótimo, temos certeza de que a próxima será ainda maior”.
Representando a Secel, o servidor Ézio de Moraes Cardoso ressaltou que o Festival é uma oportunidade de ampliar o acesso ao esporte para crianças com deficiência: “Realizamos o Festival em parceria com o Comitê e o município, proporcionando às crianças não só inclusão social, mas também o contato com as modalidades paralímpicas. Isso é fundamental para aumentar a participação em competições nacionais e fortalecer o esporte nos municípios”.

A importância do evento também foi destacada por Márcia Alves da Rosa, mãe da participante Kimberley Rosa de Moraes: “Foi muito especial poder estar aqui. Com certeza, vou trazê-la para outros eventos. Esse momento foi importante porque promoveu a inclusão. O Festival mostra à sociedade que a vivência no esporte é possível para todos”.
Apesar da alegria de ver a filha inserida no esporte, Márcia lamentou os desafios que ainda existem: “A maior barreira para as pessoas com deficiência ainda é o preconceito”.
Para João Quadra, treinador de esportes paralímpicos do Instituto Desportivo Educacional e Social Presbiteriano (IDESP), receber o Festival em Alta Floresta foi motivo de orgulho: “Além de dar visibilidade a essas atividades, o evento fomenta o esporte paralímpico entre jovens de 7 a 17 anos. Nosso objetivo é ampliar o conhecimento sobre as modalidades e, consequentemente, atrair mais praticantes”.

O Festival Paralímpico Loterias Caixa integra um programa nacional do Comitê Paralímpico Brasileiro que promove a inclusão por meio do esporte, aproximando jovens de diferentes realidades e estimulando o desenvolvimento de habilidades físicas e sociais.
O esporte paralímpico brasileiro é referência mundial. Nas edições do Rio 2016 e Tóquio 2020, a delegação conquistou 72 medalhas em cada uma — os melhores desempenhos da história. No Japão, o Brasil bateu seu recorde de ouros, com 22 medalhas, superando as 21 de Londres 2012. Em 2016, foram 14 ouros. Em Tóquio 2020, o país alcançou a sétima colocação no ranking geral das Paralimpíadas.
