sábado, 23 agosto, 2025
36.9 C
Alta Floresta

Alta Floresta firma compromisso inédito para neutralizar as emissões de carbono

Date:

O projeto-piloto “Roadmap Território Carbono Neutro” mapeou seis cidades de Mato Grosso e propôs ações sustentáveis para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e atrair o financiamento climático

Para contribuir com a redução de gases poluentes e enfrentar os impactos das mudanças climáticas nos municípios, o Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), por meio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT) e em parceria com outras unidades do Sebrae, lançou o projeto piloto “Roadmap Território Carbono Neutro” (RTCN). A proposta visa mapear e construir uma agenda ambiental local, além de facilitar o acesso ao financiamento climático.

O Centro Sebrae de Sustentabilidade é o responsável pela expansão do projeto para outros estados, com o propósito de alinhar a descarbonização das atividades produtivas aos municípios brasileiros

De acordo com o diretor Técnico do Sebrae/MT, André Schelini, o programa é uma iniciativa concreta e estratégica, focada em soluções territoriais alinhadas às realidades locais. “O Centro Sebrae de Sustentabilidade tem papel essencial nesta agenda, articulando políticas públicas, promovendo capacitação técnica e mobilizando stakeholders comprometidos com o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental”, pontua.

Foram selecionados 30 municípios dos seguintes estados: Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro e Mato Grosso. No território mato-grossense, as cidades contempladas foram: Alta Floresta, Campo Verde, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sinop e Tangará da Serra.

A analista Técnica, Laís Campos, gestora do projeto, explica que esse programa nasceu em 2023, por meio do Sebrae/MS, onde foram alcançados 42 municípios. “Em seguida, a diretoria técnica do Sebrae Mato Grosso decidiu ampliar o projeto para beneficiar outras cidades e estados. Utilizamos como critérios a representatividade dos biomas, diversidade regional, interesse em práticas sustentáveis e capacidade de implementação”, comenta.

Para construir a “Agenda Local” – plano de ação de cada município- foram oferecidos apoios técnicos especializados, a partir da aplicação de um questionário com 58 perguntas, que permitiram avaliar a vulnerabilidade climática de cada cidade participante. As informações resultaram em um índice que será revisado a cada dois anos.

Os temas abordados incluem: mudanças climáticas, gestão territorial, capacidade administrativa e financeira, governança e ambiente de negócios. Ao final do questionário, cada município recebeu uma nota de A (melhor desempenho) a E (menor desempenho), conforme a aplicação da matriz de necessidades.

Dentre as ações propostas, estão: inventário de emissões de carbono, implementação do plano diretor, classificação de capacidade de pagamento (CAPAG), participação em conselhos e formação de parcerias com instituições, IPTU verde, compras públicas sustentáveis e o apoio às micro e pequenas empresas.

Mato Grosso

Dentre as seis cidades de Mato Grosso, Alta Floresta obteve a maior classificação no ranking, se posicionando no nível “C”. Já os municípios de Campo Verde, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde se classificaram no nível “D”, enquanto Sinop e Tangará da Serra estão no nível “E”.

Os municípios de MT apresentam avanços na gestão territorial, governança e ambiente de negócios, mas enfrentam desafios nas áreas de mudanças climáticas, capacidade financeira e administrativa. Foto: Assessoria de Imprensa/ Prefeitura de Tangará da Serra

O relatório aponta que estes municípios apresentam avanços na gestão territorial, governança e ambiente de negócios, mas enfrentam desafios nas áreas de mudanças climáticas, capacidade financeira e administrativa.

A gestora do projeto destaca que, embora os municípios tenham perfis populacionais distintos, todos precisam fortalecer as estruturas de monitoramento de emissões, ampliar a educação ambiental e adotar estratégias de mitigação e adaptação climática. “Essas medidas aumentam a resiliência e a sustentabilidade no estado, colocando Mato Grosso em posição de liderança e governança climática no Centro-Oeste”, pontua Laís.

Em Tangará da Serra, o secretário municipal de Meio Ambiente, Vinícius Lançone, afirma que algumas ações propostas já estão sendo aplicadas, em alinhamento com as diretrizes da gestão municipal. “Precisamos alinhar o desenvolvimento econômico com políticas ambientais sólidas. O projeto ‘Roadmap Território Carbono Neutro’ oferece um plano técnico e claro para alcançarmos uma cidade economicamente pujante e adequadamente sustentável”, destaca o secretário.

Financiamento climático

Na terceira fase do projeto, o Sebrae aproxima municípios de investidores por meio da plataforma RTCN, que reúne dados coletados pelo projeto-piloto, diagnósticos de cada município e planos de ação climática. A instituição atua como intermediadora entre prefeituras e investidoras, promovendo pareceria para acelerar a transição rumo a uma economia de descarbonização das atividades produtivas.

Compartilhe:

você vai gostar...
Relacionado

LFA 2016 EM CUIABÁ – Mato-grossense Aieza Bertolso luta em busca do cinturão mundial peso-palha

Combate será contra Lany Silva detentora do cinturão mundial...

Cuiabá recebe III Copa Mato Grosso de Tênis de Mesa

Torneio oficial reúne atletas de várias categorias no Ginásio...

Bola rola pela Taça Mato Grosso de Futsal Sub-13 em Sinop

A partir dessa sexta (22) o município de Sinop,...
Feito com muito 💜 por go7.com.br