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PARIS 2024 – Com mais um show, Beth Gomes é bicampeã paralímpica

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Horas depois de ganhar a prata no arremesso de peso fora de sua classe, Beth Gomes faturou o bicampeonato paralímpico do lançamento de disco

PARIS – Duas medalhas no mesmo dia! Nem nos melhores sonhos, Beth Gomes imaginou uma participação tão incrível nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Depois da prata no arremesso de peso F54, uma classe acima da dela, com direito a recorde mundial, a atleta nascida em Santos voltou a noite com com ainda mais confiança em sua prova mais forte: o lançamento de disco F53. Ela foi a primeira a fazer suas tentativas e não deu chances às adversárias ao bater duas vezes o recorde paralímpico e alcançar 17,37m em sua melhor marca.

“Recordista mundial do lançamento de disco F53 com 18,45, marca obtida no fim de junho deste ano em São Paulo, Beth Gomes “só” precisou alcançar 15,73m em sua segunda tentativa para quebrar o recorde paralímpico, que pertencia à ucraniana Iana Lebiedieva, que tinha feito 15,48m em Tóquio-2020.

Mais uma quebra de recorde

Mas Beth Gomes queria mais. Em sua quinta tentativa, voltou a quebrar o recorde paralímpico ao marcar 17,37m, lançamento que lhe deixou em grande vantagem para chegar à medalha de ouro. Enquanto a competição corria, com as adversárias fazendo seus lançamentos, aconteceu uma curiosidade. A brasileira deixou a prova para receber a medalha de prata que ela havia conquistado de manhã.

Quando voltou, Beth Gomes viu que ninguém conseguiu chegar perto de sua marca. A medalha de prata foi conquistada pela japonesa Keiko Onidani, que bateu o recorde asiático com 15,78m. O bronze foi da ucraniana Zoia Ovsii, que fez 14,17m.

“As duas provas são cansativas, por conta da minha patologia, pela fadiga. Eu tive pouco tempo de descanso, saindo daqui de manhã após a prova e ir para a Vila Paralímpica pra almoçar, se recuperar, tomar um banho. Mas graças a Deus eu consigo driblar tudo isso”, contou Beth. “Quero estar em Los Angeles (nos Jogos de 2028) se Deus quiser. Eu vejo atleta com 70 anos aí competindo, por que eu não né?”, completou.

Fora do pódio, mas com recorde paralímpico

Na final do lançamento de dardo F64, Edenilson Floriani competiu contra atletas de classes diferentes da dele, que é a F42. O brasileiro quebrou o recorde paralímpico de sua classe com a marca de 57,99m, mas não conseguiu entrar na briga por medalhas contra atletas com menor grau de comprometimento físico-motor. Edenilson terminou em oitavo lugar entre dez participantes. A medalha de ouro foi do indiano Sumit, que alcançou 70,59m e bateu o recorde paralímpico da classe F64.

Finalizando a participação brasileira nas provas de campo, Alessandro Rodrigo da Silva disputou a decisão do arremesso de peso F11 (para atletas com deficiência visual quase total). Depois de seis tentativas, ele alcançou a distância de 12,86m, sua melhor neste ano, e encerrou na quinta posição. O título ficou com o iraniano Amirhossein Darbeid, que quebrou o recorde asiático com 14,78m. Por fim, Mahdi Olad (13,89m), também do Irã, e Álvaro Cano (13,38m) , da Espanha, completaram o pódio.

 

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