Após dois dias de competições adiadas, o surfe voltou com tudo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Nesta quinta-feira (1º), foram definidas as disputas por medalhas de ambos os naipes no Taiti, na Polinésia Francesa. O Brasil vai contar com um representante em cada naipe, com Gabriel Medina e Tati Weston-Webb nas semifinais. O dia também marcou as despedidas de Luana Silva, Tainá Hinckel e João Chianca.
Primeira vaga na semifinal
Gabriel Medina e João Chianca disputaram a terceira bateria das quartas de final masculina. Mais assertivo nas escolhas das ondas, Medina conseguiu abrir vantagem em combinação com 6,67 e 8,10 com menos de 10 minutos de prova. Chumbinho também esteve ativo, mas só conseguiu 2,33 e 1,07 como melhores notas em quatro ondas surfadas.
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Na parte final da bateria, Chumbinho usou bem as bordas e conseguiu sua primeira boa nota de 4,83 pontos. Ele ainda conseguiu ainda mais 4,50 faltando menos de 10 minutos. Mesmo assim, ainda precisava de quase um 10 para virar o placar. Com isso, Medina soube usar bem a prioridade e manteve a vantagem para a vitória: 14,17 (6,67 e 8,10) contra 9,33 (4,83 e 4,50).
“Hoje foi um dia difícil de competição, o mar não está fácil. Consegui uma nota alta ali, mas está super difícil de competir. E hoje é a mais a gente na sobrevivência. Sempre tem esse dia durante uma competição. E eu acho que foi hoje. Agora daqui para frente, acho que vai dar umas ondas melhores”, avaliou o tricampeão mundial.
Na semifinal dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, Gabriel Medina vai enfrentar o australiano Jack Robinson, que venceu seu compatriota Ethan Ewing nas quartas. Aliás, o surfe da Austrália e do Brasil estiveram no meio de uma polêmica envolvendo uma foto de Ewing com o árbitro Ben Lowe no Taiti.
Tati na semifinal
Embalada pela vitória contra a líder do ranking da WSL nas oitavas de final, Tati Weston-Webb não deu chances para a espanhola Nadia Erostarbe nas quartas de final feminina. Tati foi bastante ativa em um mar difícil e confirmou somando 8,10 (4,50 e 3,60) em sete ondas surfadas, enquanto Erostarbe fez 6,34 (2,77 e 3,57).
“Realmente foi condições super difíceis, mas passando essa bateria também me deu muita confiança porque consegui mostrar um pouquinho do meu surfe. Consegui pegar umas ondinhas que me deixaram fazer um 4 em um 3. E, graças a Deus, deu muito para passar mais uma e bora para a próxima”, disse Tati.
Por outro lado, as quartas de final marcaram a despedida de Luana Silva da competição. Enfrentando Brisa Hennessy, da Costa Rica, a brasileira conseguiu fico perto da virada no final, fez a somatória de 5,43 (2,90 e 2,57) contra 6,37 (3,20 e 3,17) da adversária. Dessa forma, Hennessy vai enfrentar Tati na semifinal. Do outro lado de chave, estão a francesa Johanne Defay e a norte-americana Caroline Marks.