Além do profissional, os Campeonatos Brasileiros Sub-20 e 15 também serão realizados na capital mato-grossense
Cuiabá sedia o Campeonato Brasileiro Interclubes Aline Silva de Wrestling Sênior neste sábado (14), a partir das 09 horas, no Ginásio Dom Aquino. Esta é a primeira vez que a competição ocorre na região Centro-Oeste.
Ao todo, a competição reúne 184 atletas da classe sênior que competem por 28 clubes de Norte a Sul do país. Dentre os destaques, confirmaram presença os titulares da equipe olímpica: Davi Giovanetti, 57 kg do estilo livre masculino; Calebe Corrêa, 67 kg do estilo greco-romano; Ronisson Brandão Santiago, 87 kg do estilo greco-romano; e Meiriele Hora, 76 kg do estilo livre feminino.
“O evento é o principal de clubes, conta mais pontos para o ranking do Comitê Brasileiro de Clubes e pela primeira vez acontecerá no Centro-Oeste. Somos gratos ao apoio do poder público local e do Instituto Manduvi, clube mato-grossense. Esperamos que o número de atletas cresça cada vez mais na região e, com a realização conjunta dos torneios de base, propiciamos o encontro de atletas do presente e do futuro”, ressalta Flávio Cabral, presidente da Confederação Brasileira de Wrestling (CBW).
Além do profissional, os Campeonatos Brasileiros Sub-20 (17 a 20 anos) e Sub-15 (13 a 15 anos) também ocorrem neste sábado, em Cuiabá. As competições garantem vaga direta no Programa Bolsa Atleta, conforme as regras do Programa.
O wrestling mato-grossense será representado por 49 atletas, dentre os quais Karoline Doerl (49 kg e Sub-17), Ângelo Café (67 kg, greco-romano e Sub-20) e Guilherme Porto (77 kg e greco-romano sênior).
Fomentador do wrestling em Cuiabá, o Instituto Manduvi terá 12 atletas mato-grossenses no Interclubes e 36 atletas nos torneios de base.
“Minha carreira começou no jiu-jitsu por ser algo de família. Conquistei quatro títulos mundiais e 17 títulos brasileiros. No judô, defendi a seleção brasileira da base ao alto rendimento, conquistando títulos nacionais e internacionais. No grappling, acabei conquistando título pan-americano. No wrestling, treinei nos EUA e no Panamá, quando morei por lá. Desde que voltei ao Brasil em 2017, comecei a estudar e me especializar para ser treinadora de wrestling”, conta Luzia Fernandes, presidente da Federação Mato-grossense de Jiu-Jitsu e Lutas Associadas (FMTJJLA) e treinadora da equipe do Instituto Manduvi.
Os fãs de wrestling poderão acompanhar os combates ao vivo no YouTube da CBW.
Saiba as diferenças entre os estilos:
Greco-romano
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Introduzido na Antiguidade, em 708 a.C.
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Disputado somente no masculino.
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Atletas do Brasil mais bem posicionados no ranking mundial: Calebe Corrêa 8º lugar (categoria 72 kg) Joilson Junior (31° na categoria 77 kg)
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A regra só permite que o lutador segure seu oponente acima da cintura. Na parte superior é possível aplicar lançamentos, quedas e bloqueios. Ataques e defesas com as pernas são proibidos.
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Em caso de passividade, o combate recomeça do solo. O lutador punido por falta de ataque recomeça o embate de bruços, com seu rival tendo de 20 a 30 segundos para agarrá-lo e levantá-lo ou, então, para executar uma inversão para marcar pontos.
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Sobre o final de uma luta, para vencer por superioridade técnica, o limite mínimo da vantagem é de 8 pontos.
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Muito popular na Europa e em países com tradição no estilo, tais como Cuba, Irã, Quirguistão e Japão.Livre
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Iniciou nos Jogos Olímpicos da Era Moderna em 1904 entre os homens e 2004 entre as mulheres.
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Disputado no masculino e feminino.
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Atletas do Brasil mais bem posicionados no ranking mundial: Giullia Penalber (5ª) e Laís Nunes (15ª) na categoria 62 kg; Davi Giovanetti (45° na categoria 57 kg) e Pedro Samuel Gonçalves (72° na categoria 86 kg).
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A regra possui maior liberdade de movimentos. É permitido atacar membros superiores e inferiores, usar as próprias pernas para defender.
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Os casos de passividade são punidos com “short clock”. Ao fim dos 30 segundos, o oponente do atleta punido recebe um ponto.
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Para vencer por superioridade técnica, o limite mínimo da vantagem é de 10 pontos.
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Mais comum em países como Estados Unidos, Rússia, Índia e Irã.
Pela segunda vez, o Campeonato Brasileiro Interclubes de Wrestling recebe o nome da atleta paulista Aline Silva, referência na modalidade. Atual vice-presidente da Confederação Brasileira de Wrestling, ela lutou nos Jogos Rio 2016 (colocação) e Tóquio 2020 (colocação) na categoria 76 kg. O currículo também traz medalhas de prata nos Mundiais Júnior 2006 e Sênior 2014.
Sobre a CBW
A Confederação Brasileira de Wrestling (CBW) é a entidade responsável pelo wrestling nacional em seus estilos greco-romano, livre masculino e livre feminino. Além de gerir também o wrestling de praia (esporte não-olímpico).
Atualmente, a CBW é presidida por Flávio Cabral Neves. O principal objetivo da entidade é tornar o esporte nacional uma referência, fortalecendo suas federações afiliadas e investindo nas categorias de base para a propagação da modalidade.
A Confederação Brasileira de Wrestling é filiada ao Comitê Olímpico do Brasil, United World Wrestling e United World Wrestling Américas e conta com o apoio da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Estácio e Comitê Brasileiro de Clubes.
Fonte: OlharEsportivo