(gazeta)
Encerrada na noite de quinta-feira (6) a greve dos bancários em Mato Grosso. Assembleia da categoria aprovou o retorno as trabalhos após o fim da mais longa greve dos bancários dos últimos anos. Foram 30 dias de paralisação articulada nacionalmente. A categoria estava dividida e a aprovação pelo fim da greve foi por margem pequena. Foram 36 favoráveis e 35 contra.
A maior resistência veio por parte dos bancários que atuam na Caixa Econômica Federal (CEF). Mas após a votação ficou acertada a retomada das atividades nesta sexta-feira (7), nas agência da Capital e interior do Estado.
Segundo Clodoaldo Barbosa, presidente do Sindicato dos Bancários do Estado ( SEEB/MT), o avanço apontado, nesta campanha, foi sobre o debate em defesa do emprego. Neste tema, a Fenaban garantiu a instalação de um Centro de Realocação e Requalificação Profissional nos bancos, com participação bipartite.
O projeto vai buscar realocar os funcionários ameaçados pela reestruturação em um determinado local, criando possibilidades de serem transferidos para outras áreas da própria instituição e assim evitar demissões.
Ainda, os bancos concordaram em implantar a licença paternidade de 20 dias, conforme lei sancionada neste ano, durante o governo Dilma Rousseff.
Abaixo está proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na noite de quarta-feira (5), que foi aceita pela categoria.
Ela prevê reajuste de 8% e abono de R$ 3.500,00 em 2016. Reposição integral da inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real em 2017 para os salários e todas as verbas.
Em relação a Participação nos Lucros e Resultados (PLR 2016)
a regra básica é 90% do salário mais R$ 2.183,53 limitado a R$ 11.713,59. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.769,88.
No caso da PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07.
Antecipação da PLR Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Regra básica – 54% do salário reajustado em setembro de 2016, mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.183,53.
Em relação à PLR 2017 e antecipação da PLR- mesmas regras, com reajustes dos valores fixos e limites pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%, com data de pagamento de pagamento final até 01/03/2018.
Pisos 2016
Piso portaria após 90 dias – R$ 1.487,83.
Piso escritório após 90 dias – R$ 2.134,19.
Soma-se mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
Vales e Auxílios 2016
Auxílio-refeição – R$ 32,60.
Auxílio cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 565,28.
Auxílio creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 434,17.
Auxílio creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 371,43.
Gratificação de compensador de cheques – R$ 165,65.
Requalificação profissional – R$ 1.457,68.
Auxílio-funeral – R$ 978,08.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 145.851,00.
Ajuda deslocamento noturno – R$ 102,09.
Vale Cultura, valor de R$50,00, mantido até 31/12/16.
2017 – Os valores vigentes em 31/08/2017 serão reajustados pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%.
O acordo prevê 8% de reajuste mais abono de R$ 3,5 mil, em 2016. No vale-alimentação o reajuste proposto é maior, de 15% e no vale-refeição e no auxílio creche/babá é de 10%. Para 2017, a Fenaban aceitou repor integralmente a inflação (INPC/IBGE) mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas.