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Câmara reforça Novembro Azul; Campanha recomenda exame de próstata para prevenção de câncer

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Lindomar Leal/Assessoria

Preconceito, falta de informação, e vergonha são as principais causas de muitos homens deixarem de fazer exames que poderiam detectar o câncer de próstata a tempo de curá-lo. No Brasil, a estatística é de mais de 16 mil mortes ao ano causadas pela doença. A prevenção e tratamentos bem-sucedidos, que dependem em boa medida da detecção precoce, são a chave para frear esta estatística.

Todo ano, a campanha Novembro Azul busca alertar para a necessidade dos exames preventivos, como forma de tentar reverter esses números. O esforço também mobiliza a Câmara Municipal de Vereadores de Alta Floresta, que ilumina sua sede na cor símbolo da campanha e reforça a campanha através de um outdoor exposto no estacionamento principal do Poder Legislativo com o objetivo de esclarecer a população masculina sobre o problema.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil (29,2% dos tumores incidentes no sexo masculino), ficando atrás apenas do câncer de pele. A publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, lançada pelo INCA estima 72 mil novos casos da doença para cada ano do triênio 2023-2025. Os números do instituto indicam 71.730 novos casos da doença em 2022 e 16.301 mortes registradas no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do ministério da Saúde.

O diagnóstico precoce pode ser feito por meio de exames em homens com sintomas ou sem eles, através de rastreamento. No último caso, o público-alvo é quem tem maior chance de desenvolver a doença. 

Alterações indicadas pelos exames clínico e de sangue, mas também pelo toque, podem levar o médico a pedir outros mais complexos, como ressonância magnética e biópsia. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente por alterações percebidas pelo toque retal, o que reforça a necessidade de fazer esse exame.

O Ministério da Saúde recomenda aos homens procurarem atendimento nas unidades básicas, a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as avaliações oferecidas pelo SUS estão: biopsia de próstata, ultrassonografia de próstata por via abdominal ou transretal e dosagem de antígeno prostático específico. Entre os exames para diagnóstico estão exames clínicos, laboratoriais, endoscópios e radiológicos.

Campanha

A campanha Novembro Azul foi lançada no Brasil em 2011 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida. De acordo com o instituto Lado a Lado, apesar das constantes campanhas de prevenção e alerta para a necessidade de exames, muitos homens com idade avançada ainda relutam em seguir as recomendações do rastreamento. Mais do que qualquer outro tipo de câncer, o de próstata é considerado um tumor da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

A doença

A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz, cuja função é produzir o líquido seminal, que nutre e transporta os espermatozoides. Presente apenas nos homens, está localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, e envolve a parte superior da uretra, canal por onde passa a urina.

Quando um homem desenvolve câncer de próstata, as células dessa parte do corpo passam a ter um crescimento descontrolado, formando tumores. Esses tumores podem ser benignos ou malignos (câncer).

No início da doença, o paciente pode não apresentar sintomas. Quando há sintomas, os mais comuns são: dificuldade de urinar, demora para começar e terminar de urinar, sangue na urina, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

De acordo com o Inca, adotar hábitos saudáveis pode ajudar a diminuir o risco de câncer.

Tratamento

O tratamento, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), varia de acordo com o estágio da doença, com as condições clínicas e com desejo do paciente. Entre as opções estão: cirurgia, radioterapia, vigilância ativa (acompanhamento do tumor), hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos. De acordo com o médico Marcus Vinícius Sadi, supervisor da Disciplina de Câncer de Próstata da SBU, os tumores são classificados em níveis que vão de 1 a 5. Nos primeiros níveis, há a opção de apenas acompanhar a evolução.

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