(ASSESSORIA)
O Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense entra em sua reta final. A sétima edição está sendo marcada pelo grande envolvimento do público e pela grande quantidade de ações externas, foram cinco escolas públicas que receberam ações. Nos últimos dias o destaque fica por conta de dois renomados grupos teatrais. O Imaginário de Porto Velho-RO, que apresentará o espetáculo Mulheres do Aluá, alem duma ação de interação artística com o grupo TEAF e o Grupo Tibanaré de Cuiaba, da capital de Mato Grosso, que apresentará o espetáculo “Andarilhos das Estrelhas”. O Festival integra o Circuito de Festivais de Teatro de Mato Grosso, idealizado pela secretaria de Estado de Cultura, com patrocínio do Governo do Estado de Mato Grosso.
O Espetáculo Mulheres do Aluá conta a história de quatro mulheres: Bebé Robert, Josefa Cebola, Elisa e Catharina que são condenadas e trancadas em celas que ficam numa cidade abandonada no interior da floresta, com o passar do tempo se transformam em “mulheres de pedra”, uma vez por anos saem desta condição para beber e festejar o “Aluá”, enquanto estão preparando a bebida relembram suas memórias e lembranças, bebem o Aluá e depois voltam à condição de “pedra”.
O Espetáculo surge a partir da pesquisa histórica de Nilza Menezes que buscou processos arquivados no centro histórico do Tribunal de Justiça de Rondônia e teatral de Chicão Santos. O tema da violência contra mulher, nessa peça tem recorte histórico, mas merece destaque nas discussões da sociedade, uma vez que, historicamente, permeia nossa realidade. Nos últimos anos casos impactantes de violências e avanços nas leis de combate a violência contra a mulher, como a Lei Maria da Penha, colocou o assunto em evidência, no entanto, ainda há muito que fazer para combater casos de violência contra mulher.
A sétima edição do Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense, tem como uma das características, ter no repertório espetáculos que são permeados por abordagens políticas e sociais que possibilitam e estimulam a reflexão do publico. Essas escolhas foram feitas pelo atual momento político que vive o país, um dos mais complexos de sua história. Ronaldo Adriano, coordenador do evento fala sobre a oportunidade que o público terá, “Mais uma vez o público de Alta Floresta será agraciado com o poder transformador do teatro.”
O ingresso de todas as iniciativas será de valor voluntário, ou seja, as pessoas têm liberdade para pagar quanto quiser. A programação completa pode ser acessada na página do grupo no Facebook www.facebook.com/teatroexperimentaldealtafloresta , ou pelo site www.teatroexperimental.com.br, no qual serão disponibilizados mais detalhes sobre os espetáculos desta edição do Festival.