(midianews)
A fisioterapeuta Stéfane Roberta Figueiredo Martins, de 26 anos, irmã do cantor sertanejo Wagner Roberto Marinho, de 34 anos, conhecido como “Marinho” – que morreu na última quarta-feira (4), após se envolver em um acidente na MT-208 -, disse que o irmão planejava voos mais altos na carreira.
De acordo com a Polícia Militar, a vítima dirigia uma caminhonete S-10 prata, que caiu de uma ponte, denominada “Ponte Torta”, e parou às margens de um riacho, próximo a Nova Monte Verde (968 km ao Norte de Cuiabá) . Wagner era integrante da dupla “Eduardo & Marinho”.
Ao MidiaNews, a jovem contou que ainda não consegue acreditar na tragédia e afirma que todos da família ainda estão muito abalados.
Segundo ela, o irmão era conhecido por sempre estar alegre e que estava empolgado com os shows previstos para acontecer no Rio de Janeiro e São Paulo este ano.
“Ele adorava a música e tinha orgulho do que fazia. Alguns primos estavam arrumando shows para eles no Rio de Janeiro e em São Paulo porque era o que ele realmente gostava de fazer, mesmo tendo o trabalho dele”, disse.
Ele sempre gostou de música desde criança, tocava muitos instrumentos
“Foi a pessoa mais alegre que conheci na vida. As pessoas falam que quando a gente perde, a gente começa a exaltar. Mas pode perguntar para quem for. Vão dizer que ele era uma pessoa alegre. Ele dizia que a vida não precisava ser séria. Ele animava todo mundo, era difícil vê-lo para baixo ou triste. Sempre foi um exemplo pra gente, ensinando levar a vida sorrindo. Até os shows eram engraçados”, disse muito emocionada.
Stéfane mora em Cuiabá. Ela é irmã de Vagner por parte de pai, mas diz que o relacionamento entre as famílias sempre foi boa.
“O Wagner é meu irmão por parte de pai do primeiro casamento. Mas a minha mãe e a mãe dele sempre se deram muito bem. Nós convivemos juntos, tínhamos uma relação muito boa”, contou.
A jovem ainda lembra que o irmão gostava de música desde quando era criança.
“Ele sempre amou o que fazia. Mas era humilde, sempre dizia que não era bom, mesmo as pessoas dizendo que ele era muito bom no que fazia. Sempre gostou de música, tocava muitos instrumentos. Começou na bateria, depois foi crescendo, chegou a tocar violão, participou até de banda de rock. E, por fim, chegou a paixão pelo sertanejo”, lembrou.
O acidente
De acordo com Stéfane, o irmão trabalhava em uma transportadora de Alta Floresta ( 803 km da Capital). Quando sofreu o acidente, estava a trabalho voltando de Nova Monte Verde, onde havia feito uma entrega.
“O que a gente sabe é que ele foi fazer uma entrega e, na hora de voltar, avisou a esposa pelo WhatsApp. Como ele demorava para voltar, a minha cunhada foi atrás dele e encontrou a caminhonete caída no riacho”, disse.
O cantor sofreu acidente a 10 km de Monte Verde. O carro capotou e caiu ao lado da ponte. Ele morreu no local.
A irmã diz que o local não tem sinalização e que é conhecido por registrar vários acidentes.
“Eu não conheço o local, mas a minha cunhada, que foi até lá, disse que não tem sinalização e não é o primeiro acidente que acontece. Só de pessoas que eles conhecem já são três [vítimas]”.
Marinho deixa uma esposa e uma filha de 16 anos, que, segundo a fisioterapeuta, estava seguindo os passos do pai e sonha em ser cantora.
“A minha sobrinha está mal também. Mas ela tá sendo forte para ajudar a mãe. Estava seguindo carreira com meu irmão. Ela cantava com ele e tem o sonho de seguir carreira”, revelou.
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