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Junho Vermelho: sua doação de sangue pode salvar vidas

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O “Junho Vermelho” é uma iniciativa que objetiva conscientizar a população sobre a importância das doações de sangue. Esse mês foi escolhido por ser um período comumente com baixo índice de doações. Isso porque, com a chegada do inverno, muitas pessoas se tornam inaptas para doar devido à maior incidência de infecções respiratórias, além de esse mês coincidir com o período de férias escolares e, consequentemente, de viagem familiares.

Para Anamaria Schneider, diretora geral da FeSaúde, o 14 de junho – Dia Mundial do Doador de Sangue – é uma data importante para ressaltar que a doação é um ato simples, rápido e principalmente de cidadania

“Nós da FeSaúde trazemos em nosso DNA a essência da empatia. E, por isso, aproveito esse mês de alta visibilidade sobre o tema da doação de sangue para reforçar o meu pedido a todos os nossos empregados que entrem nesta campanha. É um ato humanitário e sobretudo sem riscos para quem realiza a doação. Além disso, estamos enfrentando um momento muito difícil com essa pandemia. E esse gesto pode salvar vidas de pessoas submetidas a tratamentos, intervenções médicas, feridas e pacientes com doenças crônicas graves que necessitam de reposição ou transfusão”.

Qual a importância de sermos doadores? 

A doação de sangue, para além de ser um ato solidário, é também uma ação essencial que permite ajudar pessoas que necessitam e, assim, salvar vidas. No ambiente hospitalar, existem diversas situações em que o estoque de sangue se faz necessário, como por exemplo:

  • Procedimentos cirúrgicos;
  • Transfusões em pacientes com doenças crônicas;
  • Após acidentes;

Não apenas nessas situações, mas também em outras, ter bolsas de sangue disponíveis é importante para garantir um atendimento adequado e suficiente para tentar reverter, solucionar ou amenizar o quadro de um paciente.

Como fazemos para aumentar a doação de sangue? 

Mesmo sendo uma prática bastante conhecida, a doação de sangue ainda não é tão habitual para muitas pessoas. Segundo dados do Ministério da Saúde, publicados no site do Governo do Brasil, apenas 1,6% da população brasileira são doadores de sangue.

Dessa forma, campanhas de conscientização, como o “Junho Vermelho”, tornam-se ainda mais necessárias na tentativa de aumentar os estímulos à doação voluntária, mantendo os estoques de sangue em níveis mais próximos do ideal.

Qual a quantidade de vidas salvas por cada 1 doador? 

Apesar de algumas pessoas acreditarem que a doação de sangue é de um para um, ou seja, cada doador auxilia apenas um paciente, isso não é verdade. Segundo o Portal de Saúde e Vigilância do Governo Federal, a cada bolsa de sangue doada, quatro vidas podem ser salvas. Isso porque, para os diferentes quadros clínicos de cada paciente, diferentes componentes do sangue podem ser necessários.

O sangue é um fluido constituído de várias células, tais como hemácias, plaquetas, entre outras, suspensas em um líquido (plasma). Após o colhimento do sangue do doador, essas partes são separadas e usadas para salvar a vida de diferentes pacientes, com necessidades variadas.

É por isso que a cada bolsa de sangue doada, 4 vidas podem ser salvas.

Quais os requisitos para ser doador? 

Os requisitos principais orientados pelos hemocentros são muito parecidos, sendo a recomendação da Fundação Municipal de Saúde de Niterói a seguinte:

  • Estar bem de saúde;
  • Ter entre 18 e 65 anos;
  • Pesar no mínimo 50 quilos;
  • Não estar em jejum;
  • Evitar alimentos gordurosos nas três horas anteriores à doação;
  • Não estar incluído em grupos com ocorrência frequente de situações de risco para contaminação pelo HIV (vírus da Aids), como usuários de drogas;
  • Não ter consumido bebidas alcoólicas até quatro horas antes da coleta de sangue;
  • Tatuagem e uso de piercing são situações que não impedem a doação, mas esses casos são avaliados durante a triagem;
  • Pacientes diabéticos, renais, cardiopatas graves, com câncer, bem como gestantes não podem doar sangue;
  • Em caso de vacinação, deve-se esperar um mês para ser submetido à doação;
  • Tratamento homeopático não impossibilita a doação, bem como o uso de outros medicamentos que devem ser analisados caso a caso durante a triagem clínica;

     

    Impactos da pandemia do Covid-19 sobre as doações de sangue 

A pandemia do novo coronavírus trouxe impactos significativos em diversos setores, incluindo nos estoques de sangue disponíveis no território brasileiro. Segundo dados do Ministério da Saúde, no ano de 2020, o número de doações caiu cerca de 15% quando comparado ao ano de 2019.

Fonte: Freepik 

Essas reduções se devem principalmente ao isolamento social, que contribuiu ainda mais para o afastamento entre a população e os hemocentros. No entanto, existem outros motivos que impactaram significativamente nessa queda percentual, como:

  • Aumento do número de casos de Covid-19, que trouxeram consigo um maior medo de se contaminar ao procurar algum centro de doação de sangue;
  • As infecções pelo coronavírus, que impedem a doação por um período de no mínimo 30 dias após o fim dos sintomas;
  • Contato com pessoas que testaram positivo para a Covid-19, sendo que a doação só pode ser feita 14 dias após o último dia de contato com o doente.

Campanha “Hemorio em casa” 

Com todos os impactos negativos da pandemia, algumas medidas foram tomadas para manter a regularidade das doações de sangue e do estoque dos hemocentros e outras unidades de coleta, sendo uma delas a Campanha “Hemorio em casa”, realizada pelo Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti.

O objetivo dessa campanha é que a equipe vá até o doador para evitar o deslocamento de pessoas no período de isolamento social. A primeira edição teve início em 2020 e a segunda edição da campanha se iniciou em março de 2021, priorizando a coleta em condomínios.

Para realizar a doação, os síndicos de condomínios devem entrar em contato com o Hemorio pelo seguinte email: [email protected]. Vale destacar que para agendar a doação, além dos pré-requisitos individuais dos doadores, o condomínio também deve atender a alguns critérios:

  • O condomínio precisa ter salão de festa com refrigeração;
  • Espaço de 80 metros quadrados disponível;
  • Pelo menos mil moradores em idade adequada para doar.

Os moradores devem fazer um cadastro no local em que será feita a coleta e voltar para casa. Em casa, eles devem aguardar até o momento da coleta, que pode ser avisado pelo WhatsApp ou pelo interfone do apartamento. A partir desse contato, ele deve se direcionar ao local da coleta e, depois da doação, o morador deve voltar para a residência.

Dessa forma, é possível realizar coletas de sangue sem a exposição dos doadores e sem aglomerações.

Edição e produção: Ricardo Rigel/Apoio técnico: Brena Tostes

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