(rdnews)
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a causa da morte do soldado aluno Rodrigo Claro não foi ocasionada por uma doença pré-existente e nem por conta do treinamento realizado na Lagoa Trevisan. O exame ficou pronto na manhã desta terça (13).
A informação foi dada ao pelo secretário estadual de Segurança Publica, Rogers Jarbas. “O exame pericial mostrou que ele, de fato, não tinha uma doença, mas também não foi capaz de vincular o acidente vascular cerebral a qualquer tipo de conduta externa. O laudo manteve a dúvida”, explica.
O secretário destaca que os elementos mais importantes dentro das atividades investigativas são as testemunhas. “São os alunos, a postura deles, que vão indicar o que aconteceu. A finalidade das investigações é obter a verdade. Então eles optaram por ouvir todos os alunos, instrutores, coordenação, enfim, todos que participaram desse processo, porque o que queremos é a verdade”.
Rogers ainda ressalta que as investigações estão bem adiantadas e que se for necessário o prazo de encerramento do inquérito pode ser prorrogado. “Todas as testemunhas serão ouvidas, somente elas poderão esclarecer o que, de fato, ocorreu nos treinamentos”, diz.
Pelo menos 17 pessoas já foram ouvidas pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros, entre elas os pais de Rodrigo, os três alunos que o tiraram da água e a tenente Izadora Ledur. A previsão é de que o inquérito policial seja concluído na próxima terça (20), e a investigação paralela da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) somente em janeiro.
Oitivas
A tenente Izadora Ledur de Souza e o tenente coronel Revelis negaram, durante oitivas, que tenham ocorrido perseguições durante o curso de formação do Corpo de Bombeiros. Disseram ainda que Rodrigo estava muito bem quando chegou ao treinamento. Rodrigo, entretanto, passou mal, foi levado ao hospital, onde entrou em coma e não resistiu.
Segundo o depoimento dos oficiais, não ocorreram também os populares “caldos”. Garantem que todo o treinamento ocorreu de forma “normal” e “tranquila”.
Tenente nega perseguição e diz que treinamento foi normal e tranquilo