Registro inédito ocorre em uma das sete passagens instaladas no município, localizado em plena região do Arco do Desmatamento; estrutura conecta fragmentos de floresta e ajuda na proteção de espécies ameaçadas.
Alta Floresta (MT) tornou-se palco de um marco inédito na conservação da fauna brasileira. Pela primeira vez no país, um macaco-aranha (gênero Ateles) foi registrado utilizando uma ponte de fauna, estrutura suspensa projetada para garantir a travessia segura de animais silvestres sobre rodovias ou áreas de vegetação fragmentada.
O flagrante foi feito por armadilhas fotográficas em uma das sete passagens já instaladas no município, situadas estrategicamente sobre clareiras e vias que cortam a vegetação nativa. Construídas com cordas e cabos de aço, as estruturas conectam as copas das árvores de um lado a outro, permitindo que espécies arborícolas atravessem sem descer ao solo, onde ficam mais vulneráveis a atropelamentos, ataques de predadores e outros riscos.
Além do macaco-aranha, outras espécies têm utilizado as pontes em Alta Floresta, entre elas o zogue-zogue-de-Alta-Floresta (Plectorocebus grovesi), também conhecido como zogue-zogue-de-Mato-Grosso. Essa espécie, endêmica da região e considerada uma das mais ameaçadas do mundo, foi registrada pela primeira vez atravessando uma das estruturas em fevereiro deste ano.









