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Reconhecimento internacional e investimentos no setor são destaques em 2016

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(sedec)

Mato Grosso é o quinto maior produtor de suínos do país e conquistou em 2016 o reconhecimento internacional de área livre de peste suína clássica. O mercado consumidor da carne suína produzida no estado e os investimentos nas unidades de beneficiamento deverão ser ampliados com o status de zona livre da doença, recebido em maio deste ano, durante a 84ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris.

Para chegar ao reconhecimento, Mato Grosso precisou se adequar aos padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela OIE. O pleito foi possível em função da parceria realizada entre a atual administração estadual e a Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat), que instalou barreiras fixas sanitárias na divisa com o Pará.

O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Guilherme Nolasco, pontua que a certificação marca um novo tempo para a defesa sanitária animal em Mato Grosso. “Era um desafio conseguir realizar as adequações dentro do prazo. Realizamos todo um plano de trabalho, que envolveu toda a equipe técnica no cadastramento de propriedades, inventário do rebanho, abertura de postos fixos e barreiras volantes, tudo para atender as exigências do Mapa e da OIE”.

Vigilância

Em 2016, o Indea deu continuidade ao acompanhamento do rebanho, por meio de vigilância sanitária e outras ações. A equipe do Instituto realizou a coleta de 1.208 amostras em 108 municípios, incluindo a Capital, para a realização de sorologia. Além disso, foram promovidos cursos de capacitação para os servidores e palestras de educação sanitária voltada para a sanidade suídea na zona de fronteira com a Bolívia.

Setor

De acordo com a Acrismat, o setor gera cerca de 14 mil empregos diretos e indiretos. São 414 granjas comerciais espalhadas em mais de 33 mil propriedades cadastradas no Indea. Além disso, há também um plantel de pouco mais de 1,5 milhão de cabeças de suínos, dos quais 143 mil são matrizes.

Características do solo, clima e recursos hídricos favorecem a produção de suínos. As granjas comerciais empregam alta tecnologia, práticas sustentáveis e de bem-estar animal. Dentre os demais estados da Federação, Mato Grosso tem o diferencial por apresentar maior potencial de crescimento da produção suinícola em função da grande oferta de matéria-prima (soja e milho) e pela sanidade, porque possui distâncias entre as granjas, o que significa menor risco de propagação de doenças entre a população de suínos.

Parceria

Em outubro deste ano, o Indea recebeu da Acrismat, de forma definitiva, os contêineres e equipamentos do posto fiscal instalado em Guarantã do Norte (711 km de Cuiabá). O diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, ressalta o compromisso do setor no apoio às atividades realizadas pelo Indea.

“A Acrismat se preocupa com todas as questões sanitárias. A suinocultura vem ganhando espaço no estado, e o setor reconhece a importância desse trabalho conjunto com o Indea na conquista do reconhecimento de área livre de peste suína clássica. Continuamos com a parceria nas atividades sanitárias e na sorologia”, declarou.

Guarantã do Norte faz divisa com o estado do Pará, sendo um ponto estratégico para o controle da entrada de animais e produtos de origem animal e vegetal, tornando necessário o fortalecimento da vigilância sanitária na região. O posto funciona 24 horas por dia. O Indea conta, também, com o apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), com a disponibilização de policiais militares, uma exigência para o exercício da atividade de fiscalização.

Programa Estadual

O Programa Estadual de Sanidade Suídea (PESS) foi instituído em Mato Grosso em 2006 para controle das criações em condições sanitárias adequadas, dentro dos padrões zootécnicos e dos procedimentos operacionais de qualidade, bem como a promoção do bem-estar animal e atendimento às exigências dos consumidores nacionais e internacionais.

Tem como objetivo executar de forma contínua as ações, com atenção para as patologias peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose, sarna e leptospirose, bem como o monitoramento e a certificação das granjas. Também visa estabelecer medidas sanitárias para o reconhecimento e/ou manutenção de Mato Grosso como área livre de enfermidades infectocontagiosas e parasitárias.

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