A onça ficou conhecida nacionalmente em 2020 após ter sofrido queimaduras nas quatro patas nos incêndios que assolaram o Pantanal
Os esforços do fotógrafo Henrique Olsen foram super recompensados nessa semana após ele fotografar a onça Ousado, que foi resgatada dos incêndios no Pantanal em 2020. O registro mostra um animal recuperado, saudável e forte na sua caçada diária no Parque Estadual Encontro das Águas, na região de Porto Jofre, no Pantanal de Mato Grosso. A presa da vez foi um jacaré adulto. Veja o registro:
Ousado ficou conhecido nacionalmente em 2020 após ter sofrido queimaduras nas quatro patas nos incêndios que assolaram o Pantanal. Apesar do susto, a onça se recuperou em 1 mês e está solta na natureza desde então com uma coleira de monitoramento.
Joares May, diretor técnico da Ampara Silvestre, ong que atua na região, em entrevista ao Primeira Página explicou sobre a coleira que o animal traz consigo.
“Ele é monitorado por observação direta e por câmeras remotas, pois o colar não está funcionando. Não se sabe o motivo, mas pode ter sido danificado pelo clima ou por brigas entre Ousado e outra onça. Apesar disso, ele está bem de saúde, e é visto com frequência caçando e se alimentando” conta o pesquisador.
Henrique Olsen, conhece bem o Pantanal, ele organiza expedições de avistamento de onças, e encontrar Ousado durante a sua jornada pelo rio foi uma bela surpresa.
” Eu estava organizando o começo de uma expedição com outros fotógrafos quando chegamos em um determinado local e Ousado já estava com um jacaré na boca. Consegui de imediato fazer essa imagem bem bacana” conta o fotógrafo.
Assim como a onça símbolo da resistência do Pantanal, o Instituto Ampara observa e monitora outros animais, com o objetivo de entender a movimentação das espécies, após o retorno a natureza.
Mesmo com os incêndios e a seca que assolam nos últimos dias a região de Poconé, a 104 km de Cuiabá, os animais são assistidos de perto para garantir a segurança.
“Temos alguns animais com radio colar, principalmente jaguatiricas na área do Jofre, que mostram os animais buscando as áreas não queimadas para refugiar-se”.