Durante quatro meses, o ge mergulhou nesse universo, marcado por competitividade em excesso, agressividade e frustrações pessoais de adultos depositadas em meninos
Crianças ameaçadas de agressão por adultos; ofensas racistas contra meninos de 9 anos; uma casca de banana atirada num árbitro negro. Uma investigação do ge revela que os torneios infantis de futsal do Rio de Janeiro são disputados num ambiente tóxico, quase sempre criado por pais e mães dos candidatos a atletas.
Ao longo dos últimos quatro meses, a reportagem mergulhou nesse universo, marcado por competitividade em excesso, agressividade e frustrações pessoais de adultos depositadas em meninos. Tudo isso resultando em ofensas, violência verbal e física, racismo, homofobia, misoginia, ameaças a crianças, violência psicológica e crimes de ódio de toda ordem.
A viagem em torno dos jogos disputados por crianças também permite encontrar familiares dispostos a apoiar seus filhos, treinadores dedicados a educar e adultos que, ao fim dos jogos, atiram doces e balas na quadra, iniciando uma corrida que junta as crianças vencedoras e vencidas, minimizando os efeitos do resultado para jovens numa etapa de formação. No entanto, os bons exemplos parecem sufocados.