Para reduzir gases do efeito estufa, Imac (Instituto Mato-grossense da Carne) defendeu, na última terça-feira (5), na COP 28, em Dubai, a produção de carne de modo mais sustentável, a ‘carne verde’.
Mato Grosso e China seguem unidos em garantir a continuidade do fornecimento de carne, mas uma “carne verde”, que conserve a biodiversidade e seja de baixa emissão de gases do efeito estufa.
Essas outras ações foram apresentadas pelo presidente do Imac, Caio Penido, no painel sobre Agricultura Sustentável e Cadeia de Fornecimento Verde e na palestra no Pavilhão da China. As medidas visam melhorar as relações de negócios com o país chinês.
No debate, o presidente do Imac falou da sustentabilidade da pecuária mato-grossense e sobre os dois principais eixos de atuação do instituto: conformidade legal monitorada e potencial de melhora no balanço de carbono, gerando desenvolvimento econômico.
O painel contou também com a participação de representantes do Consórcio dos Estados da Amazônia Legal Brasileira e de representantes da ONG chinesa parceira do IMAC, a GEI (Global Environmental Institute).
Penido afirma que o Brasil, a China e a União Europeia estão alinhados na preocupação com a situação climática global. Tanto a China, quanto a União Europeia querem uma carne bovina sustentável, com a diferença de que a China é uma grande compradora da nossa carne e também se preocupa com a segurança alimentar de seus habitantes, temos interesses em comum.
“Podemos produzir mais carne, atendendo ao anseio de segurança alimentar mundial, fixando carbono no solo e reduzindo a idade de abate do nosso gado, melhorando assim o balanço de carbono por arroba produzida em MT”, garantiu Penido.
A 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP 28, é realizada em Dubai, nos Emirados Árabes.
Exportação é metade do mercado de MT
Segundo o presidente, considerando a totalidade da carne bovina produzida em Mato Grosso, cerca de 50% da produção é destinada ao mercado interno e 50% é exportada. De tudo que se exporta, 55,6% é enviado para a China e 3,7% vão para a União Europeia.