O vereador Naldo da Pista (Republicanos) destacou uma série de demandas da zona rural de Alta Floresta durante a sessão ordinária da Câmara Municipal realizada na última segunda-feira (4), ressaltando tanto avanços quanto preocupações persistentes na área da saúde e assistência aos pacientes crônicos.
Abrindo sua fala com uma notícia positiva, Naldo anunciou a programação de envio de uma caixa d’água metálica de 20 mil litros para a comunidade Pista do Cabeça. “Essa caixa vai servir para o abastecimento de água das casas da região”, informou o parlamentar.
Segundo ele, o investimento é fruto de uma emenda impositiva de sua autoria. A expectativa é de que a estrutura contribua significativamente para a melhoria do acesso à água potável na localidade, que há anos enfrenta dificuldades com abastecimento.
Em seguida, Naldo voltou a cobrar da Secretaria Municipal de Saúde a contratação urgente de uma profissional de enfermagem para atender às comunidades rurais da região, como Pista do Cabeça, Assentamento Jacamin e Ourolanda.
“Essa região é bastante rural, com muita mata, e frequentemente há casos de leishmaniose, onde o paciente precisa tomar a medicação todos os dias. Infelizmente, lá não tem nenhum profissional de saúde que possa aplicar uma simples injeção”, criticou.
O vereador ainda fez um apelo para que a profissional contratada resida na região, de modo a garantir presença constante e atendimento mais eficiente.
“Contratar alguém da cidade para ir todo dia até lá não compensa e não atende às necessidades da população rural”, argumentou.
Outro tema levantado foi o apoio financeiro prestado pela prefeitura aos pacientes de Alta Floresta que realizam tratamento de hemodiálise em Sinop. Naldo disse que o auxílio atual, de R$ 1.000 mensais, é insuficiente para cobrir os custos de moradia e alimentação fora do domicílio.
“Esse valor de R$ 1.000 não dá nem para pagar o aluguel em Sinop. Os pacientes, que são nossos irmãos altaflorestenses, ficam nos ligando, cobrando, pedindo ajuda. Quem faz hemodiálise não consegue trabalhar normalmente e nenhuma empresa vai contratar alguém que está doente”, desabafou.
O vereador comparou o apoio de Alta Floresta com o de municípios vizinhos, como Paranaíta e Nova Monte Verde, que oferecem valores significativamente maiores.
“Paranaíta, por exemplo, oferece R$ 35 por dia para o paciente e R$ 35 para o acompanhante, o que dá mais de R$ 2.000 por mês. Alta Floresta está ficando para trás nesse apoio”, alertou Naldo.