quinta-feira, 3 julho, 2025
21.6 C
Alta Floresta

Retomada do imposto sindical é rodeada de dúvidas no setor florestal

Date:

“Como será a cobrança do imposto sindical? Quanto deverá ser cobrado? O trabalhador poderá se posicionar contra o pagamento? A que se refere esse pagamento?”, essas são algumas das dúvidas que permeiam a retomada do imposto sindical, autorizada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, a priori, a orientação é para que se mantenha o que já está previsto na convenção coletiva ou acordo.

O cenário dos questionamentos sobre o tema foi explorado nesta quinta-feira (09), primeiro dia do Encontro dos Executivos do Setor de Base Florestal (Enesf) de 2023, realizado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), em Cuiabá.

A advogada trabalhista Patrícia Gaspar Nóbrega lembrou que o imposto foi obrigatório até 2017, ano que houve a aprovação da reforma trabalhista e desde então, a cobrança deixou de ser obrigatória. Dessa forma, quem quisesse contribuir com os sindicatos tinham que se manifestar a favor da contribuição, na qual, anualmente, era cobrado um dia de salário do trabalhador.

enesf

Agora, neste ano, a decisão do STF, seguida de uma outra proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), mantém a cobrança compulsória da contribuição assistencial. O trabalhador não sindicalizado pode se abster de contribuir, desde que manifeste expressamente e com antecedência ao Sindicato e à empresa em que trabalha que não deseja ter o desconto automático do salário, esclarece Nóbrega.

“Os sindicatos são extremamente necessários, trazem muitos benefícios aos empregados e com a reforma tributária essas entidades tiveram uma grande diminuição nas arrecadações. É importante destacar que ainda não é obrigatório contribuir, mas o funcionário precisa falar que não quer”, reforça a advogada.

Contudo, diz Nóbrega, apesar de reconhecer a cobrança, o Supremo não indicou como ela deve ser feita, qual a periodicidade, o valor, entre outras diretrizes. Portanto, a orientação é para que as empresas observem o que está previsto nas convenções coletivas das categorias.

enesf

“A orientação é para que sejam feitas as convenções, que as empresas conversem muito com o sindicato laboral, que deixem tudo bem definido quanto a como isso vai ser cobrado, qual o valor, para evitar também os valores abusivos. E também, que os sindicatos não dificultem a oposição para aqueles trabalhadores que decidirem pela não contribuição”, detalha Nóbrega.

Nesta semana, a Procuradoria Geral da República (PGR) recorreu ao STF, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), para que os ministros esclareçam os pontos que estão pendentes como, por exemplo, proibindo a cobrança retroativa ou que os empregadores desestimulem o pagamento. Até o momento não houve resposta do Supremo.

enesf cipem

“É válido reforçar que a cobrança compulsória só poderá ser realizada se for convencionado conforme a convenção coletiva”, pontua Nóbrega.

Enesf

O Encontro dos Executivos do Setor de Base Florestal (Enesf) de 2023 acontece hoje e amanhã (10), em Cuiabá. A discussão acerca da contribuição sindical foi a primeira palestra. Outros temas como Terceirização do Trabalhador, participação das empresas no programa Base Segura, Reforma Tributária e a troca das experiências do trabalho desenvolvido nos sindicatos também serão discutidos.

Acompanhe tudo pelas nossas rede sociais, @cipemmt

Compartilhe:

você vai gostar...
Relacionado

Alta Floresta recebe 8ª edição do Festival Gastronômico Sabores da Floresta

Alta Floresta se prepara para viver uma nova edição...

Na Arena Sorriso ASF busca superação contra o Apodi

A partida marcará a estreia do jogador Pixote A Arena...

Sorriso empata em jogo emocionante na estreia do Campeonato Brasileiro de Handebol

A partida aconteceu logo após a cerimônia oficial de...

Arraiá da Floresta acontece neste fim de semana e terá shows regionais

A Praça da Cultura recebe, nos dias 4, 5...
Feito com muito 💜 por go7.com.br