Kelvin Ferreira, ex-lateral esquerdo, está movendo um processo contra o Bangu, do Rio de Janeiro. Em 2019, durante um treinamento, rompeu o ligamento o cruzado do joelho esquerdo.
Embora tenha passado por uma primeira cirurgia, pegou uma infecção e precisou operar mais vezes. Mas por conta da gravidade, ficou inapto para poder seguir carreira como atleta.
Por conta disso, Kelvin acionou a justiça contra o Bangu, pedindo indenização por danos morais e pensão vitalícia. O processo corre na 55ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. A intenção do ex-lateral é receber um valor estimado em R$ 1,1 milhão.
Em uma perícia médica realizada em setembro de 2023, foi constatada a “incapacidade permanente para a função habitual de jogador de futebol”. Hoje, atua como lavador de carros e entregador.
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Segundo informado pelo “Globo Esporte”, Kelvin relatou que o Bangu não prestou assistência. De acordo com ele, o fisioterapeuta não tinha dinheiro para ir aos treinos, e o ex-jogador também estava com o salário atrasado.
O jurídico do Bangu contestou as acusações. De acordo com a equipe, foram prestadas as assistências ao atleta durante este período.
– Quanto a alegação do acidente de trabalho, a reclamada rechaça tal afirmativa de que o autor sofreu lesão durante treino oficial da reclamada, uma vez que tal fato não ocorreu. Contudo, mesmo ciente da lesão do reclamante, a reclamada prestou toda a assistência necessária ao atleta, inclusive conseguiu que o reclamante fizesse as cirurgias necessárias no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, hospital referência dessa área no país – disse um dos trechos.
Kelvin teve seu contrato rescindido ainda em 2020. Embora tenha tentado passar por outros clubes, resolveu aposentar do esporte por conta das dores. O Bangu se manifestou de forma pública sobre o caso também.
Veja o pronunciamento:
O Bangu Atlético Clube informa que, por princípios, não comenta processos judiciais em curso. No entanto, registra que deu todo suporte necessário para o atleta Kelvin Fernandes, no período de sua contusão no fim de 2019.
Recebemos com estranheza, o fato do atleta se utilizar da imprensa para debater fatos que são discutidos em um processo judicial, instância esta, a correta para conhecer do mérito da controvérsia. Estranhamos o assunto vir a público somente agora, onde o atleta imputa a responsabilidade ao Bangu Atlético Clube a sua suposta aposentadoria. Estamos “surpresos” sobre o timing da matéria ser logo no dia de jogo importante do clube, contra um adversário que gera audiência e visibilidade pública.
Por oportuno, lembramos que após toda sua recuperação, Kelvin seguiu sua carreira em quatro clubes, toda documentação comprobatória se encontra anexada aos autos. Também atuou em campos pelo Brasil.
Cabe também lamentar, mais uma vez, o meio utilizado pelo atleta que mascara a verdade e atenta contra a boa marcha processual. Como dito no início, o assunto se encontra aos cuidados do Departamento Jurídico do clube que tomará as medidas que julgar convenientes.