(G1)
Resgatada de um circo no Chile em 1997, a elefanta Ramba deve ser a nova moradora do primeiro Santuário de Elefantes da América Latina, que fica em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. Em outubro, o santuário recebeu as duas primeiras moradoras, Guida e Maia. A transferência do animal, que atualmente mora em um zoológico, deve ser feita em março, segundo a ONG Internacional Global Sanctuary for Elephants, responsável pelo santuário no Brasil.
Ramba é conhecida como a última elefanta de circo do Chile. Não se sabe ao certo a idade dela. No entanto, estima-se que ela tenha, aproximadamente, 50 anos. Ela foi apreendida por questões relacionadas a abuso e negligência. Apesar de ter sido “confiscada”, ela continuou morando com o circo.
Em 2011, ela foi levada para zoológico em Racangua, uma província chilena, após esforços de uma instituição daquele país. Quando foi levada, Ramba tinha cicatrizes e abscessos pelo corpo. As marcas, segundo a ONG foram causadas por ferramentas de metal usada para ferir os animais durante o treinamento para o show circense.
A entidade diz que aguarda a finalização da documentação necessária para iniciar o processo de transferência. Além disso, a ONG pretende arrecadar U$ 68 mil para trazer Ramba para Mato Grosso. O transporte deve ser feito de avião. A previsão é que ela seja trazia entre março e abril.
O santuário
Em outubro, Maia e Guida, as duas primeiras moradoras do santuário foram soltas na natureza. As duas foram sequestradas ainda filhotes na Tailândia e trazidas do país asiático para o Brasil a fim de trabalharem em circos.
A área do santuário foi comprada pela ONG Internacional Global Sanctuary for Elephants em maio de 2015, depois de quase dois anos de procura. O Santuário tem capacidade para abrigar 50 elefantes. A cada animal trazido, a licença cedida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) deve ser renovada.
O local escolhido pela ONG é uma antiga fazenda de criação de gado que tem áreas preservadas e com floresta intacta. Para a proteção de Maia e Guida, a área foi cercada por tubos de aço de petróleo enterrados a dois metros de profundidade e, depois, concretados.