O gasto médio com presentes de Natal neste ano deverá cair 5,3%, em termos reais, estima a Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) com base em uma pesquisa com 1,6 mil pessoas em todos os Estados do País.
O tíquete médio previsto para este ano é de R$ 109,81. No ano passado o tíquete médio foi de R$ 106,94. “Nominalmente, o valor cresceu, mas a inflação subiu mais que o valor do presente”, explica a economista-chefe da SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Os consumidores das classes C e as mulheres devem gastar ainda menos do que a média: R$ 101,42 e R$ 84,65, respectivamente.
A redução resulta da dificuldade dos brasileiros disponibilizarem recursos de seus orçamentos para compras de presentes já que o número de pessoas que pretendem presentear parentes e amigos neste ano é de 107,6 milhões, parecido com o do ano passado que foi de 109,3 milhões.
Do total de consumidores ouvidos no levantamento, 72,2% pretendem comprar presentes para terceiros. Apenas 7,4% disseram que não vão presentear ninguém. Outros 20,4% ainda não de decidiram se vão ou não comprar presentes, o que equivale a 30,4 milhões de indecisos potenciais compradores.
Dos consumidores que afirmaram à pesquisa do SPC Brasil e CNDL que não pretendem comprar presentes no Natal (7,4% dos entrevistados), 23,3% disseram que tem como prioridade pagar dívidas.
Entre as mulheres, o porcentual dos que pretendem honrar compromissos cresce para 33,8%. Outros fatores pertinentes à crise e avaliadas como obstáculos a compra de presentes foi desemprego (13%) e a falta de dinheiro (12,4%). Outros 20,6% disseram que não vão comprar presentes por não terem este costume.