(GD com redação)
Desde segunda-feira (7), os hospitais filantrópicos de Cuiabá e Rondonópolis iniciaram um movimento de paralisação por tempo indeterminado.
Segundo o presidente da Santa Casa de Cuiabá, Antônio Preza, os hospitais decidiram se unir e promover a paralisação por causa do grande deficit nas contas.Pacientes que forem até Santa Casa de Cuiabá, Hospital do Câncer, Hospital Santa Helena, Hospital Geral e Santa Casa de Rondonópolis em busca de atendimento ambulatorial, internações em UTI e aqueles que tinham cirurgias eletivas marcadas não receberão assistência.
“Atualmente dos gastos que temos na Santa Casa, 60% são pagos como repasse do SUS e o restante 40%, ficam como despesas para serem quitadas pelo próprio hospital, o governo do Estado ajuda, mas não é o suficiente”, afirma.
O presidente explica ainda que no ano passado representantes do governo do Estado e da federação dos hospitais filantrópicos de Mato Grosso foram até o Estado de São Paulo para estudar a gestão desse tipo de hospital, que é avaliada de forma positiva, para que pudesse implantar no estado.
Os hospitais de Mato Grosso tiveram que fazer um estudo para analisar todas as despesas e verificar o débito de cada um. “Só a Santa Casa gastou cerca de R$60 mil reais para contratar uma empresa que fez o serviço de consultoria para elaborar uma planilha com todas as despesas e receitas”.
O problema é que depois de todos os hospitais fazerem este trabalho e custear os gastos, o governo do Estado informou que não teria condições financeiras para repassar os quase R$4 milhões de reais de déficit que os cinco hospitais filantrópicos somam juntos.
Antônio relatou ainda que atualmente a Santa Casa tem 30 leitos de UTI e todos os ocupados. O hospital tem 202 leitos custeados pelo SUS e atende cerca de mil pacientes por mês. Apenas 17% dos leitos são destinados para convenio e particular.
As doações que a Santa Casa recebe é revertida para investimento como compra de aparelhos e reformas no hospital.