No coração do agro brasileiro, o mês de fevereiro registrou recordes no mercado da soja.
Os números recentes revelam recorde, indicando não apenas um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, mas também ultrapassando a média dos últimos cinco anos. Este marco não é apenas um indicador de desempenho econômico, mas também reflete a dinâmica complexa e vibrante do setor agrícola em Mato Grosso.
O esmagamento da soja em fevereiro de 2024 em Mato Grosso atingiu a marca de 1,04 milhão de toneladas, registrando um crescimento impressionante de 19,33% em comparação com o mesmo período de 2023. Além disso, esse volume é quase 18% maior do que a média dos últimos cinco anos. Esse salto significativo não pode ser atribuído a um único fator, mas sim a uma confluência de eventos favoráveis.
A abertura de novas indústrias no estado e uma demanda externa robusta, especialmente pelo farelo de soja, foram dois fatores-chave que impulsionaram o aumento no volume esmagado durante o mês de fevereiro, destacando a importância do agronegócio de Mato Grosso no mercado global.
Em relação à margem bruta de esmagamento, observou-se um aumento significativo em fevereiro de 2024, atingindo uma média de R$ 538,42 por saca, representando incremento de 3,21% em relação a janeiro de 2024. Esse cenário foi moldado pela dinâmica dos preços, com uma queda notável nos preços da soja em grãos, superando a desvalorização dos subprodutos da oleaginosa.
À medida que entramos no mês de março de 2024, as perspectivas permanecem otimistas. Os primeiros quinze dias do mês sugerem uma tendência de aumento na margem bruta em nível estadual, indicando que o ritmo do esmagamento continuará aquecido. Isso projeta não apenas uma continuidade do crescimento, mas também uma base sólida para o setor agrícola de Mato Grosso enfrentar os desafios e oportunidades que se apresentam no horizonte.
Na análise do Cepea, vimos que, “o impulso veio das valorizações externa e cambial e também da maior disputa entre compradores nacionais e estrangeiros pela oleaginosa brasileira. Preocupados com a possível menor produtividade, sojicultores evitam realizar negócios envolvendo grandes volumes para entrega imediata. Além da retração vendedora, a liquidez foi limitada pela baixa disponibilidade de espaço nos portos e pelas cotações mais atrativas ao produtor para os próximos meses”.
Mercado Financeiro
- COLHEITA: a colheita da soja para a safra 2023/24 alcançou 95,60% nessa semana, alta de 5,18 p.p. quando comparada com a média da semana anterior;
- CME-GROUP: a CME-Group contrato corrente apresentou alta de 2,90% no comparativo semanal e ficou na média de US$ 11,84/bu;
- BASE MT-CME: com a maior valorização da soja MT ante a CME-Group contrato corrente, o diferencial de base apresentou queda de 1,29% ante a semana anterior.