(folhamax)
A greve dos bancários em Mato Grosso completou três semanas nesta terça-feira (27) com adesão de mais de 270 agências em 100 municípios. Em Cuiabá, Várzea Grande, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Cáceres, Sinop e Tangará da Serra as agências estão com o atendimento completamente suspenso, segundo balanço do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT).
A greve nacional, que começou no dia 6 de setembro, reivindica a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários e mais R$ 8.317,90.
De acordo com o presidente do Seeb-MT, Clodoaldo Barbosa, uma nova reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) está marcada para esta terça-feira, às 14h, em São Paulo. Ele afirma que existe perspectiva de acordo, desde que a Fenaban atenda as demandas dos bancários.
“Esperamos que eles venham negociar com o movimento sindical com responsabilidade e que apresentem uma proposta decente. Eles precisam, ao menos, pagar a reposição da inflação do período, de 9,62%. O movimento dos bancários entende que não é possível aceitar uma proposta abaixo da solicitada”, explicou.
Reivindicações
Além do reajuste salarial e reposição da inflação, a categoria pede vale-alimentação, refeição, 13ª cesta básica e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880 ao mês para cada auxílio (salário-mínimo nacional), além de melhores condições de trabalho e o fim das metas abusivas e do assédio moral.
Ainda na lista de reivindicações, os bancários pedem Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), auxílio educação com pagamento de graduação e pós-graduação, com prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
A categoria pede ainda igualdade de oportunidades, com equiparação salarial e possibilidade de ascensão profissional às mulheres, aos negros, aos gays, às lésbicas, aos transexuais e às pessoas com deficiência.
Propostas
Os bancários rejeitaram a primeira proposta da Fenaban, que oferecia reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil.
A segunda proposta rejeitada foi de reajuste de 7% no salário, Participação nos Lucros Reais (PLR) e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3,3 mil.