A UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) optou por não encerrar a greve nos campus da instituição, e deve votar na próxima segunda-feira (1) em assembleia geral se aceita o indicativo de saída proposto pelo ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).
Os professores paralisaram as atividades no dia 20 de maio, em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Barra do Garças.
Professores da UFMT realizaram uma reunião do comando local de greve e comunicou a decisão:
“O debate sobre os rumos da greve dos docentes da UFMT, conforme orientação do Comando Nacional de Greve do Andes-setor nacional, será decidido com a Adufmat [Associação dos Docentes Federais de Mato Grosso] na assembleia da próxima segunda-feira (01), às 13h. Mais informações nos próximos dias”, disse Maelisson Neves, diretor-geral da Adufmat, ao Primeira Página.
Situação nacional
O Andes-setor nacional adiantou que as paralisações deverão ser completamente finalizadas até o próximo dia 3 de julho. Contudo, cada instituição vai avaliar internamente como proceder.
Conforme o acordo do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) com o Andes, as aulas devem ser retomadas na próxima quarta-feira (26) após o acordo ser assinado entre os órgãos.
O martelo sobre o fim da greve foi batido após assembleias estaduais analisarem proposta de reajuste apresentada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após 69 dias de paralisação.
Entre as condições para a saída das instituições da greve, está o reajuste em 2025 e 2026 com percentuais diferentes para cada classe profissional, além da revogação da portaria que elevou carga horária semanal aos docentes. A medida está em vigor desde 2020.
De todos os envolvidos, a única categoria que, até agora, refutou a proposta foi a de técnicos-administrativos. Ainda segundo o sindicato, 55 universidades estavam em greve.
Nesta segunda-feira (24) a Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos) para reavaliar as estratégias em relação à categoria.
Confira as universidades que aceitaram a proposta e encerraram a greve:
- UNB (Universidade de Brasília)
- UFC (Universidade Federal do Ceará)
- UFCA (Universidade Federal do Cariri
- Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira)
- Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
- UFPR (Universidade Federal do Paraná)
- UFBA (Universidade Federal da Bahia)
- UFABC (Universidade Federal do ABC)
- UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
- UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
- UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano)
- UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul)
- UFVJM (Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri)
Algumas universidades e instituições farão pronunciamentos ao longo da próxima semana.