(GE/MT)
Com a medalha de ouro do Campeonato Pan-Americano de Kickboxing, o lutador mato-grossense Weber Almeida tem um objetivo claro nos próximos anos: disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, em que pretende lutar o karatê – modalidade que irá estrear em Olimpíada. Na semana passada, o atleta venceu o Pan, disputado em Cancún, no México. Para chegar ao torneio, o atleta passou por duas seletivas no Brasil.
– Agora é continuar focado nos treinamentos, nas outras competições e no meu ciclo olímpico, que eu também faço parte do karatê, que estará nos Jogos Olímpicos de 2020. Como eu venci em cinco categorias diferentes e as inscrições para o Pan são pagas em dólar, e é muito caro, eu optei por disputar em apenas uma categoria, que é a K1 Rules, uma luta de ringue, valendo nocaute, chutes, socos e joelhadas – afirmou.
Segundo Matheus Noya, diretor técnico da Federação de Kickboxing do Estado de Mato Grosso (FKBEMT), esse foi um ano bom para o esporte, apesar da falta de incentivo do governo e de empresas privadas.
– Estamos em ascensão, esse foi um ano bom pra a gente, com inúmeras conquistas e vitórias. Mas a gente ainda tem muito para crescer. Infelizmente temos algumas dificuldades, como incentivo, mas não podemos perder o foco. Estamos lutando de igual para igual com os outros estados, como Minas Gerais e Paraná, e a galera está respeitando muito nosso trabalho”, pontuou.
Trajetória
Ex-aluno do projeto Flauta Mágica, Weber começou na música, mas logo viu que sua vocação era lutar. Por incentivo do pai começou no karatê. Weber é faixa preta de karatê e está no kickboxing há um ano. Antes de se dedicar exclusivamente ao esporte, ele era gerente de vendas de uma empresa multinacional, no ramo de imóveis e coordenava uma equipe de 40 corretores. Hoje é campeão nacional seis vezes de karatê, ouro em três categorias no Campeonato Brasileiro de Kickboxing, campeão também em duas categorias na Copa Brasil de Kickboxing, ambas em 2016. Já participou de vários campeonatos no mundo, incluindo Edimburgo, na Escócia, quando ficou em terceiro lugar por equipe, entre cerca de mil atletas de mais de 30 nacionalidades. Almeida ainda tem duas lutas no MMA profissional.