Brasileiros conquistaram o total de dez medalhas
A Seleção Brasileira de judô paralímpico conquistou na terça-feira, 25, o título da etapa da Copa do Mundo disputada em Tbilisi, na Geórgia, torneio que reuniu 126 atletas de 20 países. Após ganhar dois bronzes no primeiro dia de disputas, com Rosi Andrade e Danilo Silva, o Brasil obteve mais oito medalhas no segundo dia, sendo quatro de ouro, com a paulista Alana Maldonado (até 70 kg J2), o potiguar Arthur Silva (até 95 kg J1), a carioca Brenda Freitas (até 70 kg J1) e o paraibano Wilians Araújo (acima de 95 kg J1).
O país ainda somou duas pratas, com a carioca Millena Freitas (acima de 70 kg J1) e a paulista Rebeca Silva (acima de 70 kg J2), e dois bronzes, com a sul-mato-grossense Kelly Victório (até 70 kg J2) e a paraense Larissa Silva (até 60 kg J1).
O Brasil ficou em primeiro no quadro de medalhas, à frente dos russos, que competiram como NPA (Atletas Paralímpicos Neutros, na sigla em inglês) devido à sanção internacional contra o país, e somaram três ouros, duas pratas e cinco bronzes. Os donos da casa terminaram na terceira posição, com três ouros, duas pratas e dois bronzes. Dos 18 atletas que defenderam a Seleção Brasileira em Tbilisi, 14 chegaram a combates valendo medalhas.
A Copa do Mundo marcou a primeira participação dos principais judocas do Brasil em um evento valendo pontos no ranking mundial, principal critério de classificação para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028. Vale destacar que este ano reserva também o Campeonato Mundial, em Astana, no Cazaquistão, de 13 a 15 de maio, e algumas etapas do Grand Prix da IBSA, incluindo uma em São Paulo, entre os dias 9 e 15 de dezembro.
Na última edição dos Jogos Paralímpicos, em Paris 2024, o país obteve o seu melhor resultado na história, com oito medalhas, sendo quatro douradas.
Dos dez brasileiros em ação nesta terça-feira, apenas Sergio Fernandes Jr. (acima de 95 kg J2) e Marcelo Casanova (até 95 kg J2) não foram ao pódio, sendo que este último perdeu seu combate valendo o bronze após tomar três punições contra o atleta da casa Lasha Kizilashvili. Já Sergio perdeu suas duas lutas, incluindo a da repescagem.
Em cinco das oito medalhas, a definição se deu já durante o bloco preliminar, que aconteceu na madrugada pelo horário de Brasília, pois a categoria reunia, no máximo, cinco atletas, ocasião em que todos os judocas se enfrentam e não há “finais” propriamente ditas no último bloco de combates.
A bicampeã paralímpica Alana Maldonado, por exemplo, venceu quatro atletas, incluindo a também brasileira Kelly Victório, para confirmar o ouro – Kelly, de apenas 21 anos, ganhou dois de seus quatro desafios para ganhar o bronze.
Prata em Paris, a carioca Brenda Freitas, 29, também ganhou quatro lutas na chave, assim como o paraibano Wilians Araújo, de, campeão paralímpico em Paris. O único ouro do dia que saiu em uma final após os atletas passarem pelo funil do chaveamento veio com o também medalhista de ouro na capital francesa Arthur Silva, 3, que bateu o turco Yasin Cimciler no combate decisivo.
As pratas também vieram em categorias com lutas entre todas as judocas. A paulista Rebeca Silva, 24, campeã paralímpica no ano passado, bateu duas adversárias, mas perdeu para a cazaque Aidana Gazizkyzy, que acabou ficando com o título. A jovem carioca Millena Freitas, 20, ganhou da turca Sabriye Kulluk, mas acabou derrotada pela atual campeã paralímpica da categoria, a ucraniana Anastasiia Harnyk.
Por fim, o último bronze do Brasil na Geórgia acabou nas mãos da paraense Larissa Silva, de 25 anos, que aplicou um ippon em Nadezhda Rak, do Quirguistão, para garantir seu lugar no pódio.
*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).
Patrocínio
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do judô.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Alana Maldonado, Arthur Silva, e Marcelo Casanova são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.
Time São Paulo
As atletas Alana Maldonado e Rebeca Silva são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.