Depois de receber diversas reclamações de empresários associados envolvendo pessoas em situação de rua, a CDL Alta Floresta enviou no dia 1 de fevereiro, quinta-feira, ofício para o prefeito Valdemar Gamba, com cópia para as secretarias de Governo, Gestão e Planejamento e Assistência Social e Cidadania, solicitando informações sobre as ações desenvolvidas pelo poder público em relação a este público.
Destacando ter consciência de que se trata de uma questão complexa, por envolver aspectos sociais, a CDL Alta Floresta enfatizou a importância da atuação do Poder Público visando atenuar esta situação.
Por conta do questionamento, o prefeito Valdemar Gamba e a secretária de Assistência Social e Cidadania, Mariney Viana de Araújo Munhoz, procuraram a CDL na tarde de segunda-feira (5) para apresentar as ações já desenvolvidas e garantiram que irão atuar com mais frequência.
Durante reunião com a Vice-Presidente para Assuntos Administrativos Regionais (Região Norte) da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso (FCDL-MT), Elsa Lopes, e com o empresário Adilson Murilho, proprietário da Ótica Globo, o gestor e a secretária destacaram que a Secretaria de Assistência Social e Cidadania, através do CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, tem como serviço principal o PAEFI – Serviço de Proteção Especializado com Famílias e Indivíduos. Além de outros serviços desenvolvidos através do SUAS – Sistema Único de Assistência Social, que possui o serviço de abordagem social que tem como intuito atender jovens, adultos, idosos e famílias que por algum infortúnio da vida, problemas relacionais ou mentais passaram a se utilizar das ruas como espaço de mordia e/ou sobrevivência.
“A CDL pediu, através de um ofício, para que a Prefeitura tomasse providência, e eles pediram uma reunião para der as explicações e garantiram que vão atuar com mais frequência nessa situação”, ressaltou Elsa Lopes.
“Este serviço público, através de nossa equipe de abordagem tem a finalidade de assegurar atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculos interpessoais e/ou familiares que oportunizem a construção de novos projetos de vida”, ressalta a secretária Mariney Munhoz.
De acordo com a pasta, nos atendimentos de rotina é oferecido local de acolhimento para oportunizar a higiene pessoal, alimentação, pernoite, acolhida na rede socioassistencial, tratamento para dependentes químicos e álcool, acolhimento e tratamento para pessoas com deficiência e passagens para aqueles que desejam voltar para suas famílias.
“A Política de Assistência Social possui como objetivo principal oportunizar a criação de vínculo entre equipe e moradores para que possa ser construído um elo de confiança para que este usuário possa se conscientizar de suas potencialidades como pessoa e sujeito de direitos e consigam se ressignificar diante da sociedade e fazer parte dela. Portanto, a Assistência Social, em hipótese alguma pode fazer papel de polícia ou higienista, situação esta que afasta todas as possibilidades de diálogo com estes usuários e possível reinserção familiar e comunitária”, frisou a secretária.