(midianews)
A Polícia Civil anunciou ter desarticulado mais um esquema de fraudes envolvendo servidores de uma Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) e despachantes em Mato Grosso.
Esta é a segunda operação por fraudes no Detran em menos de um mês. Desta vez, o caso foi descoberto no município de Nova Xavantina (645 Km a Leste de Cuiabá).
As Ciretrans são as unidades do Detran nos municípios.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
Entre os alvos da investigação estão M.N.P.A., proprietário de um despachante, seu filho e funcionário, J.M.S.A., o servidor do Ciretran de Nova Xavantina N.G.M.B., além de outro servidor do Ciretran de Novo São Joaquim, cujas iniciais não foram reveladas. Os dois servidores citados foram afastados pela direção do órgão.
As investigações contra a quadrilha acusada de crimes contra a administração pública começaram há cerca de 5 meses.
Segundo as informações levantadas pela Polícia, a organização está envolvida em crimes de falsificação de documentos, falsidade ideológica, estelionato, cobrança indevida, corrupção ativa e corrupção passiva.
Nas buscas, realizadas na casa e na empresa do despachante e nas residências dos servidores públicos, foram apreendidos documentos, lacres de uso exclusivo do Ciretran e uma arma de fogo.
De acordo com o delegado Sidarta Vidigal de Almeida, entre as ações cometidas pelo grupo está o licenciamento de veículos em nome de pessoas falecidas.
“Com base nas investigações conseguimos fechar o estabelecimento do suspeito e o afastamento dos dois funcionários do Ciretran, acusados de integrar a quadrilha”, destacou.
Rotina
No último dia 10 de novembro, servidores públicos e despachantes foram alvos de uma operação em Cuiabá, Várzea Grande e Nossa Senhora do Livramento.
Segundo a Polícia Civil, a operação 'Hidra de Lerna', combateu crimes de corrupção em duas agências do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT): Várzea Grande e Livramento.
A operação cumpriu 15 mandados de prisão preventiva e 18 conduções coercitivas (quando a pessoa é levada para dar depoimento) – totalizando 33 ordens judiciais.
As investigações começaram em 2015, quando a polícia suspeitou de irregularidades no Setor de Vistorias do Departamento de Trânsito.
Existia suspeita de que veículos roubados ou furtados, que eram passados pela vistoria sem nenhuma restrição.